quinta-feira, 19 de novembro de 2009

DEFESA AMBIENTAL


Actualmente, talvez o principal problema que a humanidade enfrenta é o do ambiente, devido, entre outras razões, ao rápido desenvolvimento tecnológico que ocorreu nas últimas décadas e à forma desregrada como o homem vem utilizando os recursos naturais que estão a sua disposição. É a própria sobrevivência da espécie humana que está em causa, como muitos cientistas vêm chamando a atenção.

De tempos a tempos, os mais poderosos do planeta reúnem-se em grandes fóruns, com imensa cobertura mediática, onde se determinam metas a atingir para um determinado período. Depressa se descobre que, mais uma vez, as linhas traçadas não são para cumprir. Quanto maior for o aparato, menores serão os resultados obtidos. Sob os mais diversos pretextos, os proveitos egoístas de uma minoria são colocados acima dos interesses da humanidade.

De desilusão em desilusão, eis que um pequeno país, o Equador, em que 22% do Produto Interno Bruto (PIB) e 2/3 das exportações dependem dos hidrocarbonetos, fez deslocar uma pequena delegação a várias capitais europeias para propor um projecto original de defesa do ambiente. Em troca de um financiamento de 410 milhões, abdicavam da exploração de 850 milhões de barris de petróleo na região de Yasuni. Esses fundos seriam utilizados para o desenvolvimento de energias alternativas – geotérmicas, solares e hidroeléctricas – provando à comunidade internacional o que se pode fazer em prol da luta contra as alterações climáticas.

Até ao momento, só a Alemanha deu uma resposta positiva, propondo-se contribuir com 33 milhões de euros…

Este exemplo que veio do Equador não foi, certamente, notícia de abertura de nenhum telejornal nem veio estampado em grandes parrangonas nas páginas da imprensa escrita. Porem, mostra que, se um pequeno país se propõe fazer um esforço proporcionalmente tão grande em relação a parte significativa das suas riquezas, muito mais facilmente, os mais poderosos seriam capazes de desenvolver um projecto tão significativo, sempre em prol de um interesse que é comum.

Luís Moleiro Santos, aderente do BE

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