quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Desemprego em crescendo até 2011

2010 Desemprego em crescendo até 2011, segundo as previsões do Banco de Portugal.As previsões do Banco de Portugal apontam para um agravamento do desemprego, uma vez que o nível de emprego contraiu-se 2,8% em 2009 e deverá continuar a cair em 2010 (-1,3%).

"Após uma contracção de 2,8% em 2009, o emprego deverá contrair 1,3% em 2010, seguindo-se um crescimento de 0,4% em 2011", pode ler-se no Boletim Económico de Inverno do Banco de Portugal, hoje divulgado.

No capítulo reservado ao Emprego, o relatório divulgado esta terça-feira pela instituição liderada por Vítor Constâncio, explica que "a evolução projectada aponta para que no período recessivo 2007-2011 ocorra uma destruição de emprego em termos líquidos muito superior à registada nos dois episódios recessivos anteriores".

Na análise prospectiva para este e o próximo ano, o Banco de Portugal sublinha que, "no que diz respeito à oferta de trabalho, depois de uma diminuição da taxa de participação verificada em 2009 e projectada para 2010, perspectiva-se alguma reversão em 2011".

Segundo a análise do Banco de Portugal, as fragilidades estruturais da economia portuguesa durante a última década observam-se no crescimento limitado da produtividade total dos factores, para o qual contribuíram o baixo nível de qualificação da população activa. Por outro lado, o aumento do desemprego estrutural provocou uma diminuição da contribuição do factor trabalho no crescimento económico.

No entanto, o baixo contributo do trabalho para o crescimento deverá continuar num contexto de “fraco dinamismo da procura e de baixa mobilidade no mercado de trabalho”, também impulsionada pelo “baixo nível de capital humano”, explica o banco central.

O Banco de Portugal antecipa também, no Boletim Económico de Inverno, um crescimento do PIB nacional de 0,7% em 2010, uma revisão em alta face à projecção anterior de uma contracção de 0,6%.

A nova projecção do Banco de Portugal é suportada pela expectativa de um aumento da produtividade em 2010 e de uma recuperação de consumo privado e das exportações e é bem mais optimista do que a da Comissão Europeia, pois Bruxelas espera que a economia portuguesa cresça apenas 0,3% em 2010.

Quanto ao crescimento do PIB em 2009, o Banco de Portugal mantém a previsão de uma recessão de 2,7%.

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