segunda-feira, 12 de abril de 2010

Bloco quer agendar já comissão de inquérito às contrapartidas

José Manuel Pureza, líder parlamentar do Bloco de Esquerda, vai agendar proposta de comissão de inquérito na conferência de líderes de terça-feira.


Quase três meses depois do anúncio, o Bloco de Esquerda vai esta terça-feira, na conferência de líderes, agendar o debate para a criação de uma comissão parlamentar de inquérito sobre o incumprimento das contrapartidas na compra de material militar.

“Não vemos por que razão esperar mais tempo para agendar o debate e confrontar as forças políticas com esta proposta”, afirmou ao PÚBLICO José Manuel Pureza, líder parlamentar bloquista.

O BE quer um inquérito parlamentar às contrapartidas, negócios prometidos às empresas portuguesas pelos consórcios vencedores na compra de equipamento militar, como os submarinos, aviões, blindados e aviões, num total de 2,9 mil milhões de euros até 2014.

A taxa de execução das contrapartidas era de 22,2 por cento no final de 2009, de acordo com o último relatório da Comissão Permanente de Contrapartidas (CPC), presidida por Pedro Catarino, que é ouvido esta terça-feira na comissão de Defesa Nacional.

Inicialmente, quando o BE apresentou a proposta de inquérito em Janeiro, PS, PSD e CDS tinham reservas quanto à sua aprovação.

Nas últimas semanas, com as notícias das investigações em Portugal e na Alemanha, ao negócio da compra dos submarinos, os socialistas admitem agora viabilizar uma proposta de inquérito centrada nos submarinos. Paulo Portas, líder do CDS e ministro da Defesa que assinou a compra dos dois Tridente, admitiu também que os democratas-cristãos apresentem uma proposta de inquérito, mas a todas as compras na Defesa.

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