segunda-feira, 10 de outubro de 2011

BARALHO DE CARTAS COMEÇA A DESABAR?

“Neste início do mês de Outubro de 2011, a falência virtual do banco franco-belga Dexia é um sinal suplementar da amplitude da crise que leva os poderes públicos a se porem inteiramente ao serviço dos interesses privados, abusando das finanças públicas. Esta falência do Dexia mostra que o elo fraco da cadeia da crise da dívida é constituído pelos bancos privados, enquanto os governantes e os média dominantes só falam de crise da dívida pública.” (Éric Toussaint, Esquerda.net, 5 Out.)
“ Certamente que a crise da dívida pública é muito grave e necessita soluções radicais mas é importante insistir na crise dos bancos privados que não resulta da crise da dívida pública dos Estados. O contrário é que, em grande medida, é verdadeiro.”

Banco Dexia nacionalizado ao mais alto custo
Hoje (10/10), o jornal flamengo De Morgen traz a seguinte manchete :“Jogo de póquer com dinheiro dos contribuintes”. Aquele jornal anuncia que os governos francês, belga e luxemburguês chegaram a acordo sobre o desmantelamento do banco Dexia, no dia 9 de outubro. O Estado belga deverá assumir o controlo total do Dexia Banque Belgique (DBB), a entidade belga do estabelecimento especializado na banca de retalho, por um valor de quatro mil milhões de euros. "Um preço considerado 'razoável'", observa L’Echo, que cita o ministro das Finanças, Didier Reynders: "A Bélgica queria três mil milhões, a França [queria cedê-la por] oito…”. Apesar de esta valorização se situar no valor mais baixo, o Estado federal deverá “ser fiador de 50 a 60 mil milhões de euros pelas potenciais perdas dos investimentos tóxicos do Dexia”, colocados no banco. A Bélgica será fiadora de 60,5% deste “bad bank”, enquanto a França fiará 36,5% e o Luxemburgo 3%. "Alguns economistas alertam para a degradação da notação da Bélgica e, conseguintemente, para um aumento da dívida soberana”, observa De Morgen, que alerta: “Os contribuintes belgas arriscam-se a pagar um custo elevado pelo resgate do Dexia”. No dia 8 de outubro, a notação belga foi colocada sob vigilância negativa pela agência de notação Moody’s. (Informação extraída de Presseurop)

Quando se vê as barbas do vizinho a arder…

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