sábado, 26 de novembro de 2011

ALERTA! PORQUE NÃO HÁ COINCIDÊNCAS

Fundada em 1869 por Marcus Goldman, a Goldman Sachs é um dos maiores bancos de investimento do mundo. Sediada actualmente em Nova York, a companhia mantém escritórios em muitos outros centros financeiros mundiais e opera em vários sectores ligados à finança.
O texto seguinte foi extraído do artigo de opinião que Daniel Oliveira assina hoje no “Expresso” onde apresenta vários exemplos de governantes e outros dirigentes europeus, todos eles ligados à Goldman Sachs. Como não há coincidências, os cargos que toda esta gente ocupa – sem eleição – não servem para defender os interesses dos respectivos povos mas os do capital financeiro que, de facto, representam. Nem sequer estamos na presença de tecnocratas. Eles são, antes de tudo, “simples avençados dos principais responsáveis por esta crise”.

(…) “Vale a pena ler o que se tem escrito em vários jornais europeus sobre quem teve e tem o poder, nos últimos dez anos, na Europa. Otmar Issing foi, como membro da Administração do Bundesbank e do Banco Central Europeu, um dos principais arquitectos do euro e da política monetária europeia. É um dos mais importantes conselheiros da Goldman Sachs. Peter Sutherland, ex-procurador-geral irlandês, foi comissário europeu para a concorrência e teve um papel central no resgate à banca irlandesa. Até colapsar e ser nacionalizado, foi director não-executivo da Goldman Sachs. Mário Draghi é presidente do Banco Central Europeu. Antes de regressar ao Banco de Itália foi, entre 2002 e 2005, vice-presidente da Goldman Sachs. António Borges era, até há pouco tempo, o responsável do FMI para a Europa. Foi vice-presidente da Goldman Sachs. Mário Monti é o novo primeiro-ministro italiano. Nomeado sem eleições para combater a crise. Foi conselheiro sénior da Goldman Sachs. Como se sabe, a Grécia escondeu o seu défice com a preciosa ajuda técnica daquela instituição financeira. Quem tratava do esquema em Atenas era o Banco Nacional da Grécia (privado). E à sua frente estava Petros Christodoulou, que começou a sua carreira na Goldman Sachs. É ele que hoje dirige a agência governamental da dívida pública grega.” (…)

Ao contrário do que poderemos pensar, “não são tecnocratas os homens que, nas instituições europeias, nos bancos centrais e nos novos governos nomeados, levaram e levam a Europa para o abismo”. Muito pior do que isso, pois estamos na presença de mandatários, homens de mão dos “principais responsáveis por esta crise”.

Luís Moleiro

Sem comentários:

Enviar um comentário