quarta-feira, 17 de abril de 2013

BUZINÃO E MARCHA ANTI-PORTAGENS FARO – OLHÃO




Reproduzimos aqui o essencial de uma nota de imprensa, com data de 15 de Abril de 2013, enviada à comunicação social pela Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI).

Passados que são quase 15 meses desde a imposição das portagens na Via do Infante pelo governo PSD/CDS, o Algarve vive uma situação de catástrofe social e económica: quase 80 mil desempregados, centenas de falências de empresas e a EN 125 transformou-se de novo na “estrada da morte” tendo já provocado muitas dezenas de mortos e de feridos graves. É um “inferno” circular na EN 125, onde os acidentes de viação acontecem todos os dias!

A economia na região caminha em direção ao precipício se as portagens não forem suspensas nos tempos mais próximos. Saliente-se que o turismo espanhol apresenta descidas muito significativas relativamente ao mesmo período do ano anterior e, uma das suas causas, é a existência de portagens que se transformaram numa barreira à mobilidade entre a Andaluzia e o Algarve. Foi deveras lamentável, escandaloso e muito negativo o que voltou a acontecer com os turistas junto ao sistema de portagens na Ponte Internacional do Guadiana, na altura da Páscoa. As filas de automóveis chegaram a atingir muitos quilómetros e muitos condutores, revoltados com o sistema de portagens, fizeram marcha atrás ou prometeram que nunca mais voltavam ao Algarve. O roubo ainda é maior quando, por falta de informação, os utentes pagam portagem e vão logo deixar a A22 nas saídas para Altura e Vila Real de Stº António. Todas estas situações são intoleráveis e que deviam fazer corar de vergonha os governantes fora da lei que tomaram conta do poder em Portugal.

Por outro lado e como se comprova, as obras de requalificação da EN 125 foram atiradas para as “calendas gregas” e não se sabe se alguma vez recomeçarão. O que se sabe de forma concreta é que a concessionária já não vai construir variantes fundamentais à EN 125, como as variantes de Olhão, Luz de Tavira, Odiáxere e a variante à EN 2 entre Faro e S. Brás de Alportel – só por isto deviam ser levantadas imediatamente as portagens na Via do Infante, tal como prometeram anteriormente os responsáveis políticos da região e a nível nacional. A agravar todo este negro panorama, a Via do Infante deu um prejuízo aos contribuintes, no ano de 2012, em mais de 40 milhões de euros! Se o governo não tem coragem para anular estas PPP’s ruinosas, nem coragem para abolir as famigeradas portagens, perante tão desgraçadas evidências deve demitir-se imediatamente!

Só com a continuação da luta, ampla, forte e determinada, será possível colocar um ponto final às portagens da desgraça e da morte no Algarve. A Comissão de Utentes pugna por todas as convergências e consensos regionais necessários para a suspensão das portagens – antes de tudo está o Algarve e os algarvios! O Algarve não se rende e a luta é para continuar já no próximo dia 27 de Abril, com a realização de “um grande buzinão e uma marcha da indignação anti – portagens/contra a destruição do Algarve”, a decorrer na EN 125, entre Faro e Olhão. O ponto de concentração será em frente ao Moto – Clube de Faro, pelas 16.00 horas, terminando a marcha frente ao Centro Comercial Ria Shopping em Olhão, depois da inversão de marcha na rotunda do Cubo. Esta marcha lenta contará com todo o tipo de viaturas – bicicletas, motas, carros ligeiros, carros pesados e carroças. Durante o percurso irão ocorrer várias ações surpresa de grande impacto contra as portagens. Pelas 13.30 h do mesmo dia terá lugar um almoço/convívio, aberto a quem quiser participar, no Moto-Clube de Faro. Estas ações inserem-se na campanha de desobediência civil contra as portagens que a Comissão de Utentes irá levar a cabo nos próximos meses.

Este grande buzinão e marcha da indignação contarão com o apoio e a participação do Moto – Clube de Faro. A Comissão de Utentes apela a outros moto – clubes, personalidades e diversas entidades, utentes e populações em geral, do Algarve, para que participem neste grande buzinão e marcha lenta no próximo dia 27 de Abril.

Lutem! Participem! Não deixem para amanhã o que podem fazer hoje! Os tempos em que vivemos requerem ação e não resignação!

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