quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

A FANFARRA PROPAGANDÍSTICA


A propaganda deste Governo alinha pelo pensamento de um dirigente nazi segundo o qual, uma mentira muitas vezes repetida transforma-se em verdade. O pior é que, muita comunicação social, conscientemente ou não, ajuda à divulgação de mentiras que acabam por se transformar em supostas realidades. Um dos exemplos recentes desta propaganda é o que se refere aos números do desemprego. Repetir até à exaustão números falseados de cidadãos sem trabalho não contribui certamente para fazer crescer o emprego. E isto deve ser amplamente divulgado para que a população portuguesa não seja iludida, em especial, numa altura em que se aproximam actos eleitorais – eleições para o Parlamento Europeu daqui a três meses e legislativas em 2015. Supostos êxitos das medidas de austeridade levadas a cabo desde 2011 só interessam à maioria de direita, obviamente, numa política de caça ao voto.
Não deve constituir regozijo para ninguém que muito mais de 1 milhão de portugueses em idade activa esteja sem trabalho há vários anos e, muitos deles, sem perspectivas de o virem a ter no resto da sua vida. Mas também é desonesto que se criem ilusões nas pessoas, sabendo-se que as políticas de austeridade implementadas até agora e com amplificação prevista a curto e médio prazo não irão permitir a criação segura de postos de trabalho. Os que agora vão aparecendo são poucos e maus, com jornadas de trabalho a crescerem e salários a diminuírem.
Mais uma personalidade ligada ao mundo do trabalho, o Presidente da UGT/Coimbra, vem denunciar, no texto seguinte, o “agravamento dos níveis de desemprego” em 2013
Os recentes dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para o agravamento dos níveis de desemprego no ano de 2013, contrariando assim as notícias que o Governo tem trazido a público, quase sempre acompanhadas de fanfarra, de que o número de desempregados em Portugal é hoje menor. Pois quem faz pouco aproveita para se vangloriar de tudo.
Naturalmente que um desempregado a menos deve ser para todos motivo de satisfação, mas não de euforias desmesuradas, que são apagadas por estas bandas com uma simples passagem num qualquer “centro de desemprego”.
O discurso que marca a atuação deste governo é absolutamente desadequado, pois não tem em conta todos os indicadores disponíveis e muito menos as reais dificuldades que continuamente são impostas, e diariamente vivenciadas pelos desempregados e as suas famílias. Esta situação é tanto mais grave, se tivermos em conta que há já um elevado número de desempregados que não recebe qualquer prestação de desemprego, vivendo em condições absolutamente desumanas, muitas vezes só ultrapassadas pela caridade.
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