Noticia o Correio da Manhã de hoje que
o Tribunal Central
Administrativo do Sul confirmou a condenação de uma empresa de Aprígio Santos,
presidente da Naval 1º de Maio, à reposição dos habitats naturais que destruiu
na Ria de Alvor, no Algarve. Foi dado um prazo de seis meses para a empresa
Butwell Trading apresentar ao Instituto de Conservação da Natureza e das
Florestas um plano para repor as condições naturais. A empresa de Aprígio Santos,
que tem a Quinta da Rocha, na ria de Alvor, fica ainda proibida de efetuar
intervenções nas zonas protegidas. O processo teve início em 2007, quando
ambientalistas denunciaram a prática de danos para o ambiente naquele sítio da
Rede Natura, considerado um santuário de aves. O Grupo de Acompanhamento,
constituído por associações ecológicas, elogia a sentença e realça que esta já
transitou em julgado.
De facto, estão de parabéns as
associações ecológicas A Rocha, Almargem, Geota, LPN, Quercus e SPEA por verem
finalmente transitar em julgado a sentença que puniu um crime ambiental
perpetrado contra a zona protegida da Ria de Alvor. O que se lamente é o tempo
que demorou a sair a decisão judicial acabando por beneficiar sempre o
infractor, em prejuízo das vítimas.
Dada a índole de Aprígio e porque não
recorreu da sentença agora proferida, é de esperar que este indivíduo possa ter
na manga alguma carta suja para jogar. Este receio é expresso ao Sulinformação
por Tiago Branco da Associação A Rocha dado que “a empresa criada por Aprígio Santos foi a única concorrente ao Núcleo de Desenvolvimento Turístico (NDT)colocado a concurso em 2013 pela Câmara de Portimão, apresentando precisamente uma proposta para a Quinta da Rocha”.
A confirmar-se o que receia
Tiago Branco, é altamente lamentável que a Câmara de Portimão esteja a dar a mão,
de forma voluntária ou involuntária, a um indivíduo condenado por crime
ambiental e que, não tenhamos dúvidas, voltará a cometê-lo caso a oportunidade aconteça.
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