domingo, 30 de março de 2014

ENTREVISTA DE MARISA MATIAS AO EXPRESSO



O Expresso de ontem (20/3/2014) publica uma entrevista a Marisa Matias, cabeça de lista do Bloco de Esquerda às eleições europeias. A candidata bloquista define como eixo da campanha a palavra de ordem “desobedecer à austeridade”. Outra ideia forte é a proposta de referendar o Tratado Orçamental e reestruturar a dívida.
De toda a entrevista recolhemos aquelas que consideramos as ideias fortes nela contidas:
- As sondagens indicam que a maioria das pessoas está contra as medidas de austeridade e a questão de fundo destas eleições é precisamente estas medidas.
- A austeridade está a destruir as economias dos países do Sul e irá destruir a zona euro, se continuar a lógica. Romper com este círculo implica desobedecer às instituições europeias.
- É preciso resgatar a política, que tem estado raptada pelos mercados.
- A destruição do Estado social – imagem de marca do projeto europeu – é o principal foco de ataque das políticas de austeridade.
- O país não aguenta mais 20 anos de austeridade.
- O crescimento que se espera de 1,2% far-se-á em cima de uma economia que encolheu. Continuamos mais pobres.
- A criação de emprego é uma prioridade para sair da crise.
- [A UE] trata o desemprego como uma espécie de efeito secundário, quando ele é o problema central.
- Tem de haver uma reestruturação completa, envolvendo os credores privados, mas também institucionais.
- Reestruturando a dívida, estamos a libertar recursos para políticas de crescimento e emprego.
- Não há saída limpa nem programa cautelar, pode dar-se-lhe o nome que se quiser. Enquanto houver Tratado Orçamental, não se quebra a austeridade.
- Enquanto Portugal tiver um Governo refém da chantagem dos mercados, não se pode esperar muito.
- [O relatório do Parlamento Europeu sobre a troika] não põe em causa as políticas de austeridade praticadas.
- Se chegarmos a um ponto de escolha entre o euro e o Estado social, não tenho dúvidas que temos de escolher o Estado social.
- As pessoas que estão nesta lista [do BE às eleições europeias] estiveram na linha da frente da luta contra a austeridade, desde os movimentos de reformados, aos precários inflexíveis, deficientes, imigrantes.

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