quarta-feira, 9 de julho de 2014

ANDA TUDO (AINDA) MAIS LIGADO DO QUE PARECE


Como alguém diria, isto anda tudo ligado… Neste Portugal à beira-mar plantado, há pequenos pormenores, chamemos-lhe assim, que explicam muita coisa mas em relação aos quais andamos muitas vezes distraídos. Ora repare-se neste naco de informação contido no texto assinado por Daniel Oliveira no Expresso Diário de ontem:
Desde o 25 de abril, e já depois da íntima ligação com a ditadura, o último governo que não teve alguém que tivesse trabalhado ou fosse trabalhar nas empresas do grupo Espírito Santo foi o de Sá Carneiro. Um governo curto no tempo em que o banco era público. Desde o 25 de abril, 34 ministros ou secretários de Estado foram funcionários desta família. Só desde os anos 90, quando a família recuperou primeiro a Tranquilidade e depois o então Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa, trabalharam para o grupo, entre outros ministros e secretários de Estado, Alexandre Vaz Pinto, José Silveira Godinho, Almerindo Marques, Ana Rita Barbosa, Bernardo Trindade, Daniel Proença de Carvalho, Murteira Nabo, José Epifânio da Franca, Leonardo Mathias, Luís Macedo, Manuel Pinho, Mário Martins Adegas, Pedro Gonçalves, Rui Machete, Manuel Lencastre, Ernâni Lopes, António Mexia, Maria João Bustorff, Rui Carp, Miguel Horta e Costa, José Lopes Raimundo, Maria de Belém Roseira, João Crisóstomo Moreira e Luís Parreirão. Ficam de fora os que foram deputados, autarcas ou dirigentes partidários.
Por tudo quanto vemos ouvimos e lemos todos os dias, será por acaso que PS, PSD e CDS se encontram sempre confortavelmente sentados nas cadeiras do poder, façam ao povo as malfeitorias que fizerem de todas as vezes que por lá passam? Os verdadeiros donos do poder em Portugal, ou seja, os senhores da finança permitiriam alguma vez que os seus mandatários deixassem de estar presentes no Governo? Leiam-se os nomes mencionados acima – apenas referentes ao BES –, tenha-se em atenção os que “ficam de fora” e confiram-se as suas ligações a PS, PSD e CDS. Depois, é só fazer as contas, como diria alguém que muito bem conhecemos…

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