CONTRA FACTOS NÃO HÁ ARGUMENTOS

Nenhuma tramóia é possível inventar para esconder esta realidade nua e crua.

A dívida portuguesa foi a terceira que mais subiu na Europa (apenas atrás da Bélgica e da Hungria) no primeiro trimestre deste ano, e é, actualmente, a terceira mais elevada da UE, atingindo cerca de 133% do PIB.

Em comparação com o mesmo período do ano passado, a dívida pública portuguesa aumentou 5,5%, ficando a curta distância da Itália, a segunda maior em percentagem do PIB, com 135,6%.

Sabendo-se que o Governo definiu como objectivo para 2014 uma dívida não superior a 130,2% do PIB, então, estamos conversados… Temos aqui mais uma prova de que a tremenda austeridade a que somos sujeitos, não evita a subida da dívida. Novos e mais brutais sacrifícios estão certamente a caminho.

De qualquer maneira, o sector privado ainda é responsável pela maior parte da dívida, com 62,7% do total. Já a responsabilidade do sector público corresponde a 37,3%.

Como uma desgraça nunca vem só, os “peritos” do FMI defendem, num relatório, mais cortes nos salários sob o pretexto de que a redução salarial aumenta o emprego, coisa que a realidade portuguesa dos últimos anos desmente por completo.