domingo, 23 de novembro de 2014

PABLO IGLESIAS, DIRIGENTE E FUNDADOR DO “PODEMOS” ENTREVISTADO PELO EXPRESSO


Da entrevista de Pablo Iglesias ao Expresso, publicada ontem, compilámos as afirmações que consideramos mais importantes:

O Podemos são os cidadãos a fazer política.
O Podemos é o resultado do fracasso dos partidos que não souberam estar á altura histórica das circunstâncias.
Fomos audazes e a audácia é fundamental para entender o nosso êxito.
O 15-M mostrou que o ambiente político em Espanha tinha mudado e a relação da sociedade com as elites políticas também.
Sou de esquerda mas creio que a distinção esquerda-direita não serve para compreender o mapa político.
Não renunciamos aos nossos valores mas descrevemos muito melhor a realidade em termos de cima e baixo.
Trabalhei no Parlamento Europeu com Marisa Matias e descobri uma pessoa honrada que não precisa de viajar em Executiva.
Ela parece do Podemos.
O importante é que quem se dedique à política se pareça com as pessoas normais.
Defendemos o direito da mulher a decidir [sobre o aborto].
Como democratas achamos bem que se pergunte aos catalães e que estes digam ao conjunto dos espanhóis que relação jurídica querem com o resto do Estado.
[Na Europa] a maioria das decisões que afetam os cidadãos é tomada em instância não eleitas.
A austeridade empobreceu a maioria dos europeus mas uma minoria quase não paga impostos.
Não é desejável [a Espanha sair da UE], tal como não é possível abandonar o euro.
Sou europeísta mas a soberania está nas pessoas.
[Estou] muito frustrado pela grande coligação entre socialistas e populares, de acordo com tudo.
No Podemos somos obrigados a doar dois terços [do que ganhamos].
Se os defensores dos direitos sociais e da democracia não atuarem, pode chegar o pesadelo dos anos 30.
Temos um programa de resgate social que qualquer social-democrata europeu acharia razoável há 20 anos.
Propomos uma reforma fiscal para que as grandes fortunas paguem impostos e investimento para estimular a economia.
Queremos subir o salário mínimo e ajudar os desempregados, injetar dinheiro do Estado.
Estendemos a mão a todos os que admitirem que é possível fazer política de outra maneira, pondo os interesses dos cidadãos à frente dos dos bancos e especuladores.
Só pedimos que tudo aquilo por que lutaram os nossos pais e avós e nos estão a querer arrebatar se torne realidade.

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