quinta-feira, 15 de setembro de 2016

A SITUAÇÃO DRAMÁTICA DOS REFUGIADOS E A INSENSIBILIDADE DOS LÍDERES MUNDIAIS


O drama dos refugiados tem estado menos em evidência nos telejornais e na comunicação social em geral mas isso não quer dizer que haja quaisquer progressos significativos na solução deste momentoso problema humano. É, por isso, muito importante a tomada de posição do Secretário-Geral da Amnistia Internacional (*) em artigo de opinião que veio à estampa no Público de hoje. Dele transcrevemos as seguintes afirmações que considerámos mais importantes.
- Os líderes mundiais permanecem insensíveis ao sofrimento dos refugiados.
- Mais de 75.000 mulheres, homens e crianças estão ali [na fronteira entre a Síria e a Jordânia] encurralados há quase um ano.
- Se os líderes mundiais fracassarem em agir nestas duas grandes cimeiras de Setembro, arriscam-se a encorajar outros países a também abandonarem os refugiados a destinos precários como o dos que se encontram na berma.
- Fechar fronteiras nunca demoverá os refugiados que conheci pelo mundo inteiro de tentarem alcançar a segurança – para si mesmos e para as suas famílias.
- Terão os líderes mundiais o descaramento de passarem dois dias a trocar banalidades e ao mesmo tempo nada fazerem, enquanto dezenas de milhares de refugiados sírios definham no deserto?
- Não podemos permitir que um fracasso da responsabilidade colectiva em Nova Iorque estimule um abandono colectivo das responsabilidades nacionais em todo o mundo.
- Se falhar um acordo no plano global, precisamos de uma mostra decisiva e célere de liderança por parte de um grupo crucial de países dispostos a assumirem a responsabilidade e a encontrarem soluções para pôr fim a esta enorme tragédia dos nossos tempos.
- A crua realidade é que mais de um milhão de pessoas precisam de ser reinstaladas até ao final de 2017. E quantos mais países compartilharem esta responsabilidade tão mais fácil será gerir essa reinstalação.
- Todos nós gostaríamos de acreditar que se um dia a guerra ou perseguição destruíssem as nossas vidas conseguiríamos encontrar refúgio seguro num outro lugar. É exactamente isso que está em causa agora.
- Cabe a cada um de nós dizer aos nossos governos que acolhemos refugiados, e que eles também o devem fazer.
(*) Salil Shetty

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