quinta-feira, 30 de novembro de 2017

REUNIÃO DA COMISSÃO COORDENADORA CONCELHIA


Recebemos do Secretariado do Bloco de Esquerda de Portimão a informação de que está convocada uma reunião da Comissão Coordenadora Concelhia de Portimão para a próxima segunda-feira, dia 4 de Dezembro, às 21:30 horas, na sede do BE-PTM.
A Ordem de Trabalhos é a seguinte:
1 – Informações;
2 – Plano de acção e actividades do Bloco no concelho;
3 – Outros assuntos.
O secretariado deliberou convidar para a reunião também todos os aderentes e simpatizantes do Bloco de Portimão.

FRASE DO DIA (707)


A proposta do Bloco de Esquerda [para o OE 2018] era simples: criar uma “contribuição solidária para a extinção da dívida tarifária do Sistema Elétrico Nacional”, que taxaria o abuso que é praticado nos preços da energia renovável em Portugal quando em comparação com a média internacional.

PROPINAS: MUITOS DESCONHECEM O QUE SE PASSA POR ESSA EUROPA


Alexandre Amado, Presidente da AAC em entrevista ao "Diário as beiras".

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

AS ESCOLHAS DE COSTA…


Para não irmos mais longe, é bom recordarmos a campanha difamatória feita contra os professores no tempo de Sócrates e que levou a duas gigantescas manifestações de docentes, consideradas as maiores que uma classe profissional alguma vez fez em Portugal. Foi durante um Governo “socialista” em que era ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues, de muito má memória. Os professores eram acusados de inadmissíveis privilegiados e quase os únicos responsáveis por todos os problemas que assolavam o país.
Veio a seguir o governo de maioria de direita que continuou a fomentar uma política de mentira e ódio aos docentes para, em seguida os poder perseguir, com aceitação da opinião pública – os malditos privilegiados tinham de ser esmagados. Como agora se pode observar, essa campanha contra os professores está ainda bem viva pois quando aqueles pretendem que para o futuro não desapareçam dez anos de trabalho cumprido, vem a falácia dos 650 milhões de euros como lhe chama Santana Castilho no artigo de opinião que hoje assina no Público e que vale bem a pena ler.
O primeiro-ministro Costa acha que não é possível “tudo para todos” mas aqui, ele está a fazer uma escolha, não aceitando satisfazer uma legitima reivindicação dos professores e vergando-se perante a banca e as “rendas imorais” das parcerias público-privadas.
Mesmo para quem está habituado ao confronto de opiniões que as decisões políticas mais polémicas suscitam, causa perplexidade verificar a quantidade de pronúncias na comunicação social, escrita ou falada, ora expondo ignorância inaceitável, ora evidenciando intuitos manipulatórios censuráveis, que a questão da tentativa de apagar uma década ao tempo de serviço dos professores suscitou. Conheço os preconceitos e as agendas destes bullies avençados. Mas, confesso, espantou-me ver tantos e tão irmanados na mentira e no ódio a uma classe, a quem devem parte do que são e do que serão os seus filhos e netos. Não é corporativa a razão que dita estas linhas. É a seriedade, é a justiça e é a certeza sobre o quanto toda a comunidade precisa dos seus professores.  
Dois clichés são recorrentes no discurso dos bullies: a progressão dos professores é automática, em função do tempo de serviço; não há possibilidade financeira para o que reclamam.
Comecemos pela carreira. Na representação adulterada das mentes captas dos bullies, a progressão na carreira dos professores seria apenas dependente do tempo. Nada mais falso. Um lugar num quadro, primeiro patamar dessa carreira, só ocorre, em média, depois de duas décadas de exercício profissional penoso, em situação de nomadismo continuado, com avaliação do desempenho anual, da qual depende uma hipotética contratação no ano seguinte. Depois, sim, vem o requisito do tempo de serviço, ao qual se soma uma avaliação do desempenho, interna e externa, que é fortemente penalizante se insuficiente, e a obrigatoriedade de 50 horas de formação, igualmente avaliada, em cada escalão, com aulas assistidas nos 3.º e 5.º e quotas administrativas para chegar aos 5.º e 7.º. Para falarmos sobre o tema é elementar ler o Estatuto da Carreira Docente. Mas os bullies não leram. Alguns, que simultaneamente sacralizam as avaliações da OCDE e vilipendiam os professores, parecem ignorar que aquele organismo internacional considera os nossos docentes como dos mais competentes no universo dos países examinados. E esquecem que os inquéritos sociais sobre o apreço e a confiança que os portugueses depositam nas diferentes classes profissionais mostram a dos professores nos lugares cimeiros.
Disse o Governo, que vai deixando cair números para incendiar a opinião pública, que um quarto chegaria ao topo da carreira se todo o tempo de serviço fosse contado. Mas não disse que, desde que a carreira foi concebida, não pelos docentes, mas por um governo PS, nenhum, repito, nenhum, lá chegou. Não pensaram nas consequências quando assim legislaram e, mais tarde, anunciaram o fim da austeridade?
Passemos à questão financeira. O que está em causa não é recuperar o dinheiro perdido durante quase uma década. O que está em causa é não permitir que, para futuro, desapareçam dez anos de trabalho cumprido. O coro dos 650 milhões de euros, em que afinaram bullies, primeiro-ministro e, sibilinamente, Presidente da República, é uma falácia. Essa quantia, para além de não ter sido reclamada pelos professores no OE de 2018, será (deduzida de mais de um terço, que será recuperado pelo Estado em impostos) o preço da decência, dividido em vários orçamentos futuros. Entendamo-nos: um orçamento é o espelho das escolhas políticas de um Governo. No de 2018, Costa vergou-se às rendas de privilégio, com uma pirueta de deslealdade quanto à contribuição sobre as renováveis. Na última segunda-feira, rasgou, sem decoro, a palavra que havia dado na sexta passada. No de 2018, Costa e Centeno reservaram 3250 milhões para os desmandos da banca e 1498 milhões para as rendas imorais de 15% das parcerias público-privadas rodoviárias, em que não tiveram coragem de tocar, para além de terem antecipado, há 15 dias, um pagamento ao FMI de 2780 milhões, que só teria que ser feito em 2020 e 2021. Costa tinha razão quando disse que “a ilusão de que é possível tudo para todos, isso não existe”. Tudo só é possível para alguns. Os que Costa escolheu. 

FRASE DO DIA (706)


Após dois anos, a primeira emboscada à Geringonça não aparece pela mão das linhas vermelhas do BE ou das ortodoxias do PCP: a primeira traição surge pelos interesses instalados no PS.

2 DEZ: VIII ENCONTRO REGIONAL DE AUTARCAS DO ALGARVE



Realiza-se no próximo sábado, dia 2 de dezembro, o VIII Encontro Regional de Autarcas do Algarve (ERAA). A iniciativa tem lugar em Albufeira, no edifício da Câmara Municipal, e pretende reunir os autarcas do Algarve para debater sobre qual o papel do Bloco nos órgãos municipais, agora que se inicia um novo ciclo político no poder local, assim como explorar ideias para a concretização de propostas a apresentar e debater nas sessões futuras das assembleias municipais e de freguesia, sabendo que estas serão maioritariamente dedicadas ao debate e votação de Orçamento e GOP's.
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